domingo, 29 de novembro de 2009

Amores de Solidão




A minha história são mil folhas coloridas
de um preto e branco ao romper de cada dia,
são horas maltratadas na melancolia
de um Outono passando triste (mulheres perdidas).

Há lágrimas nos meus olhos em silêncio despidas
por amores que a minha alma tão fortes sentia
nos abraços que afinal, fingidos, perdia...
quantas lágrimas em mim sem nome estão caídas!

Estranha forma de amar esta minha alma tem
esses olhos, os corpos, saudades de ninguém,
os rostos dos espelhos do meu coração.

A minha história é sempre um adeus prometido
a estes amores que me querem, qual bandido,
que lhes roube a minha alma gémea: Solidão!



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Desta Vez


desta vez
eu não vou escrever um poema
para falar de ti,


por que nele as palavras
vivem embriagadas
como se tivessem o sabor
do perfume da rosa
que só há pouco
descobriu a Primavera,

desta vez
talvez valha a pena
prender nos meus braços
essas palavras que ferem
o tempo que nos falta
e me castigam os recantos
por onde partilho
esta vontade
de sempre te querer,

só desta vez
eu vou dizer quase nada
o suficiente para dar-te a conhecer
uma nova definição de Amor.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Há Sempre Alguém



tu pedes ao teu coração para bater?...
tu páras o tempo da saudade?...
tu pedes ao sol para te aquecer?...
tu esperas do sonho a tua vontade?...

então por que desejas a solidão das horas
quando em todos os segundos
há sempre alguém que espera por ti?...

tomara eu saber dizer-te no gesto
o que a minha alma por palavras não te diz quando sorri!...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

[PARÊNTESIS] - há um ano


Havia dentro de mim um secreto recanto por onde viajam as palavras nunca ditas. Sentia dentro da minha alma pequenos fragmentos de uma vontade que em silêncio se debatia debaixo do sol da vida, e ao som da noite se escondia nos sonhos que em sobressalto eu não sabia se eram meus.

Hoje, tantos dias depois que parecem um ano, essas palavras estão vivas. Eu próprio estou vivo à beira desta praia onde morria o meu acordar!...

No éden da minha imperfeição, ainda não sei se sou tudo aquilo que quero ser!... Às vezes, não sei se pertenço por inteiro aos meus sonhos, pois um pouco de mim anda por aí no coração de alguém, como aquele vento que não sendo de ninguém, passa pelos cabelos com o perfume de toda a poesia do Amor.

E continuarei a amar assim, até não haver mais nada por que valha a pena viver!...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Balada ao Fim da Tarde


Imagina que faltam cinco minutos para tudo acabar!
-... e estás aqui comigo.


Ao mesmo tempo que o desejo, não sei se o quero!
-Se agora fosse o fim, eu gostaria de ficar nos teus braços.

Tu és uma imensidão de contrastes, como o dia e a noite, o preto e o branco, o frio e o quente...
-...o tudo e o nada!

Às vezes gostava que fosses uma maré sem regresso na minha vida.
-O sol já se esconde... sabes se volta amanhã?

Não há caminho na minha alma que não conheça o teu silêncio.
-Eu sei!...

Então que importa eu estar aqui?...
-Tu és a brisa de Verão que eu não posso agarrar. Mas sem ti, eu não sei o que é o Amor.

Falas a sorrir de um amor que eu não sei se ainda te pertence.
-Eu não tenho outro na minha vida!

Imagina... se faltasse tão pouco tempo para o fim, só assim me dirias o quanto me amas!
-Encontramo-nos aqui amanhã?

Por que não?... Os últimos cinco minutos da minha vida serão sempre teus. Olha, o sol já se escondeu... e se não vais ficar nos meus braços, tenho a certeza que ele vai voltar!