sábado, 24 de novembro de 2012

[PARÊNTESIS] – há quatro anos



É tão difícil calar o meu silêncio!...
 
 

 
Houve um momento na minha vida em que eu peguei nas letras do teu nome e escrevi com elas todos os desejos que eu queria viver contigo. Foram tantas as barreiras que derrubámos com os nossos sorrisos, foram tantas as fronteiras que saltámos de mãos dadas e foram tantas as maneiras em que prometemos não nos esquecer.

As letras do teu nome soletraram no meu peito a felicidade e deixaram na minha boca um sabor a loucura que eu ainda não esqueci. As letras do teu nome semearam no meu silêncio o amor desta infinita saudade que foi sonhar-te ao meu lado.

E continuarei a amar assim, até não haver mais nada por que valha a pena viver!...

(16.nov.2012)

sábado, 7 de abril de 2012

Aconteceu Assim


acontece que tu
eras um pouco de mim
e foste p’ rá Lua
deixaste-me assim
sem luzes na estrada
sem destinos no fim
e a vida passou
e quase nada ficou...
mordi de raiva a dor
por ter perdido o teu amor,

acontece que tu
não te importaste de ser
a ausências de histórias
que eu queria escrever
no livro em branco
que deixaste morrer
e a vida passou
e quase nada ficou...
mordi de raiva a dor
por ter perdido este amor,



acontece que tu
inventaste a saudade
por entre mentiras
que eu julguei verdade
no sabor de um beijo
que a nada já sabe
e a vida passou
e quase nada deixou...
esqueci de raiva a dor
que me levou o teu amor,

acontece que tu
afinal gostas de mim
e voltas da Lua
para ver se é assim
e há luzes na estrada
onde estou é o fim
e a vida passou
e tão longe me deixou...
mordi de raiva a dor
por ser em ti este amor.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Balada do Tempo


Que horas são?
-Acabou de nascer um novo dia.


Já passou tanto tempo...
-Claro que não!... Este é um dia diferente para nós os dois.

Por que razão é assim tão diferente? Olha, está ali o mesmo sol de ontem.
-Hoje eu estou aqui ao pé de ti e nada mais me importa.

Parece que já passou tanto tempo...
-Não penses nisso agora! A vida ensina-nos que as viagens ao passado devem ser rápidas para não nos prenderem.

A minha vida nunca mais foi a mesma depois de te conhecer. Por que será?
-Tens saudades de ser o que serias sem mim?

Eu queria nascer outra vez para agora fazer tudo para não te perder...
-Cada minuto nesta vida é um recomeço e se não me encontras em cada um desses instantes é por que nunca nasceu em ti...

Quem achas que sou eu?
-... o meu Amor.

O tempo apaga devagar tantas coisas...
-Eu caminho ao teu lado. Sempre!!


O teu amor desperta em mim esta constante vontade de viver. Por isso, tenho medo de nunca saber se te voltarei a encontrar antes ou depois de ter morrido.

sábado, 7 de janeiro de 2012

A Imagem do Dia








As imagens são palavras
que não se ouvem...
Se eu as pudesse ouvir,
não precisaria dos meus olhos
para comungar a beleza
do seu silêncio
nem a virtude do segredo
que escondem!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Dois Mil e Doze


No fim de cada ciclo da nossa vida há sempre uma esperança que se renova. É uma espécie de luz muito ténue que de repente se transforma num fogo imenso que nos consome por dentro os medos e as inseguranças que ao longo desses ciclos vão crescendo em nós como ervas daninhas.

De um momento para o outro tudo é novo e tudo se passa a sentir pela primeira vez. Há uma brisa que nos impele a ser mais fortes e a desbravar por um segundo os caminhos que julgávamos impossíveis. Por um breve segundo, há aquela sensação de estarmos vivos...

Mas quase sempre é efémera essa liberdade da alma. Não conseguimos dominar esse fogo e qualquer coisa acaba sempre por apagá-lo e conduzir-nos de novo ao breu de uma rotina triste e previsível.


Pois bem, eu sonhei que iria morrer no meio desse fogo...