sábado, 20 de junho de 2009

FICOU O SILÊNCIO


Uma vez o meu sorriso não te ouviu, e depois outra, e assim aos poucos fui ficando sem ti. Passei a desejar não te ouvir e andei a correr mais depressa que o vento para ver se passava por ti e te perdia. E um dia olhei para trás e tu já não estavas...



Ficou o silêncio depois de ti!... Mas não perdi o amor, por que cada vez que os meus sonhos voam por cima do rio, trago nas minhas asas os salpicos da tua presença a refrescar a minha saudade.

Ainda sinto no final de cada dia o sabor que tinha dentro de mim a ansiedade de te ouvir. Havia nas tuas palavras um constante sentimento de desejo que me prendia ao palpitar da tua voz, como se a minha vida dependesse de todas essas reticências colocadas nessa história sem fim.

É bom amar(te) assim?... Seguirei por aí, com outras palavras noutros caminhos, e levo no fundo da minha alma o silêncio que ficou de ti.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Haverá Sempre Um Rio Entre Nós


Haverá sempre um rio entre nós
separando o que foi do que será,
corrente do tempo que guardará
nas pedras segredos da nossa voz.

Haverá entre nós sempre um rio
como há entre o mar e a nascente,
caminhos do que o meu coração sente
e que nele em silêncio eu confio.

Este rio que tão largo nos afasta
é o teu amor que a minha alma desgasta
e tudo quanto eu por ti já não sou.

As águas deste rio que nos separam
são as lágrimas que os olhos amaram
e a nossa vontade, enfim, não juntou.


(
por ser Amor, é eterno...)



quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Dor Que Tem o Teu Nome


Não precisas de mentir
por cada segredo que não me pertence,
pois eu sei que o meu tempo
no teu coração
se resume à saudade de um instante.


Não precisas de dizer
a palavra que não queres inventar
e que magoa o nosso silêncio
no qual sempre existe qualquer coisa
que de vez em quando nos une.

Não me importa nada
que faça lembrar a tua ausência!...
Prefiro caminhar sem um destino,
a ter de procurar razões que preencham o vazio
de todo o espaço desta dor que tem o teu nome.