Uma vez o meu sorriso não te ouviu, e depois outra, e assim aos poucos fui ficando sem ti. Passei a desejar não te ouvir e andei a correr mais depressa que o vento para ver se passava por ti e te perdia. E um dia olhei para trás e tu já não estavas...

Ficou o silêncio depois de ti!... Mas não perdi o amor, por que cada vez que os meus sonhos voam por cima do rio, trago nas minhas asas os salpicos da tua presença a refrescar a minha saudade.
Ainda sinto no final de cada dia o sabor que tinha dentro de mim a ansiedade de te ouvir. Havia nas tuas palavras um constante sentimento de desejo que me prendia ao palpitar da tua voz, como se a minha vida dependesse de todas essas reticências colocadas nessa história sem fim.
É bom amar(te) assim?... Seguirei por aí, com outras palavras noutros caminhos, e levo no fundo da minha alma o silêncio que ficou de ti.