Há tantas palavras minhas
perdidas na voz do vento
de um fado que se viveu,
que por vezes também lembram
outros verbos de um destino
tão igual ao que é o meu.
Em mim há tantas tristezas
tão iguais às alegrias
que eu não consigo esquecer.
São pedaços de uma vida
em rebentos de saudade
ao final do entardecer.
Há tanto tempo que eu vivo
Há tanto tempo que eu vivo
a inventar os meus destinos
em palavras já sem cor,
que às vezes na voz do vento
julgo ouvir alguém falando
de um poeta cheio de amor.
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