quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Asas da Minha Saudade


Naquele ramo que fica no meu quintal
nasceu hoje, pela manhã ainda fria,
uma ave que por certo não sabia
ser também hoje o dia do meu natal.

O seu canto era um choro sem igual
que outros tempos me fez lembrar a alegria...
aqueles por quem agora eu tudo daria
para vivê-los de novo – bem ou mal.

Ouve, ave inquieta que agora nasceste!
Hás-de crescer e voar pelo mundo fora
sem saberes que o tempo também tem idade.

Leva na tua voz o que comigo aprendeste
e quando eu daqui com pena me for embora,
solta das tuas asas a minha saudade.

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