Quem dera que querendo
eu fosse sempre a saudade
no peito de alguém,
por dentro a liberdade
que às vezes já não se tem
e alcançasses com ela o infinito
como a palavra do poeta
quando sofre e solta um grito
e por momentos se sente feliz.

Quem dera que sonhando
eu fosse a seiva da vida
pela qual a tua alma clama,
das fogueiras a imensa chama
luz selvagem no breu a luzir,
que a tristeza do coração desbravasse
e no silêncio em ti eu ficasse
como fica na terra a semente,
com a firme certeza de sempre
nunca deixares de em mim existir!
1 comentário:
A ideia que a oração divina, revela um desejo terreno é simplesmente provocante! E que o sentimento latente no poema de alguma impotência divina do" Quem dera...." ainda mais!
Adorei!
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