quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os Valores do Verbo


Eu sempre vi as flores
crescerem no silêncio,
mesmo as mais bonitas
ao centro de um jardim.
Nunca as vi gritar de sede,
nunca as vi chorar de dor,
nem me lembro
de olharem para mim
e culparem Deus
pela sua aparente solidão.

Eu gostava de não ser diferente delas,
mas não consigo!...


Gostava de ter
a mesma graciosidade
de todas as flores deste mundo.
Talvez assim
eu desse mais valor
à terra que piso e ao ar que respiro,
e não me custasse tanto
esse amor
de morrer por um sorriso de alguém.

2 comentários:

anonymous smile disse...

Felizardas das flores que têm “amigos” que cuidem delas...mesmo as mais feias, mais desidratadas, mais inadaptadas…
Felizardas das flores que, mesmo sem gritar ou chorar, têm o que necessitam para viver e se tornarem graciosas…
Pobres daquelas que não possuem nada…e acabam por morrer, sós, desidratadas e feias…

in_Law disse...

Ser que não é! Não grita, não chora, não sente, mas aparentemente vive latente nas cores formosas que Alguem escolheu por ele.