Há dias senti um sobressalto e dei por mim a ouvir uma voz que eu não sabia de onde vinha. Mas essa voz não tinha palavras nem gestos... parecia o sopro de um vento que apenas se entende num silêncio consentido.
“Abre os teus olhos”, dizia-me!...
E eu andava de olhos abertos a percorrer todos os caminhos, mas não deixava de ouvir essa voz. Até que um dia eu olhei e senti por dentro uma dor... e desde então deixei de ouvir a brisa desse vento. Foram os olhos da minha alma que se abriram e perceberam o quanto está errada a minha vida na maior parte do tempo em que a gasto em coisas banais!!...
Eu quero acreditar que um dia serei melhor do que eu e saberei finalmente o que é o sobressalto desse Amor. Mas para isso eu não posso morrer. E Senhor, se a minha morte não for o fim, por onde irei até Te encontrar?...
1 comentário:
só duas coisas: Banais aos olhos de quem, de quem as faz ou de quem observa do futuro o passado? E com a morte decerto acabam as banalidades, ou simplesmente a existencia?
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