Há quem me queira arrancar
da terra que me quer morrer
e não saiba por que afinal
me parece isto tão mal
à terra que me viu nascer.
Há quem me queira lançar
como folha seca ao vento
no principio de um Outono,
minha vida ao abandono
num incerto sofrimento.
Mas eu não quero voar
estando preso à liberdade
dos caminhos que conheço,
onde aceito, onde mereço
esta pouca felicidade.
Há quem me queria arrancar
para o mar em caravelas
conquistar um outro além.
Por certo de mim não sabem
que sou vivo como as pedras.
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