terça-feira, 16 de novembro de 2010

[PARÊNTESIS] – há dois anos


Cada vez que eu fecho os olhos, o tempo à minha volta é branco. Esvazio toda a existência da sua cor e finjo nessa escuridão ser alguém a querer lembrar-se do que viu e do que sentiu para tentar não o esquecer.



Quase sempre o mundo parece-me mais bonito do que aquilo que efectivamente é. O engraçado é que nunca desenho o tempo e o espaço onde não estive. Eu pertenço a todas as cores com as quais escrevo a vida de olhos fechados. Mas quando os abro, invade-me uma tristeza parecida com a solidão.

Estarei só?...

Cada vez que eu fecho os olhos faço deslizar uma pequena linha escura por entre os espaços dessa tela branca e descubro a liberdade que me trazem as palavras, os pontos e as vírgulas de tudo quanto quero explicar e sentir. É incrível como o tempo passa e eu não deixo de te sonhar!

E continuarei a amar assim, até não haver mais nada por que valha a pena viver!...

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