quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Pequena Saudade



A noite avança... os meus olhos vão mergulhando num silêncio profundo, e o meu corpo inerte sente aos poucos o abraço do sonho que atenua o peso desta distância que nos separa... E por momentos, passo a existir nesse espaço onde não pertenço, nesse mundo que não conheço, nessa alma que me sustém...

Imagino que eu sou o espírito da tua ilusão e que te guio na liberdade das montanhas, e sou a brisa que passa nos teus cabelos, e sou o poema que ouves em silêncio, e sou o quente do teu corpo dormente por entre o suor dessas ondas salgadas ao fim da tarde... E ando depois contigo de mão dada pela areia, e corro à tua frente sem fugir, e sou esse sorriso do tudo e do nada, e sou simplesmente em ti, a felicidade!...

E hei-de acordar e talvez chorar... não pelo sonho que se finda na cegueira dos meus olhos, mas pela ternura com que esta pequena saudade de ti, conforta a minha alma rendida à grandeza do que és...

1 comentário:

Jarod "The Good Sinner" disse...

Sempre existi onde não me era permitido, e caminhei sempre na noite libertando muitas lagrimas.
Lagrimas que levam partes de mim pela rua abaixo junto com a agua da chuva.

Apesar de o horizonte ser muito grande e nele raios de luz exitirem, é tambem muito longiquo e dificil de alcançar.

As saudades junto-as à esperança tentando aumentar a minha força... mas apesar de a saudade poder confortar almas tambem as consegue muito magoar...
Arrumei a saudade numa caixa de madreperola, junto com os risos e os abraços...e fechei os olhos.

Acho que não quero acordar pois tenho medo de saber tudo aquilo que não sei