quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Renascer



Deus diz: “O homem não conhece o dia da própria morte: ele é como os peixes, que são apanhados na rede, ou como os pássaros que caem na armadilha. Da mesma forma, o homem é surpreendido pela desgraça que cai sobre ele de improviso” (Eclesiastes, 9,12).

Perante isto oiço perguntar:
Como é possível que o Criador, como resultado de um amor profundo pela sua obra humana, não permita aliviar a incerteza sobre o amanhã? E digo eu: Haverá alguém que gostasse de conhecer o dia e a hora da sua morte?
...

Vamos assumir que eu morri!...

Há-de haver um sítio onde o desfalecimento do meu corpo estará marcado no chão, como lembrança ou esquecimento para alguém. Eu acredito que estarei mesmo morto, e que não tenho nenhuma parte de mim a flutuar através de um espírito em lugar algum. Para mim, é fácil assumir isto.

Porém, há outra certeza que representa a minha fé. Esse sono poderá parecer-vos eterno, mas no cumprimento da promessa do Criador para o fim destes dias, eu hei-de renascer no imediato segundo ao da minha morte. Não terei sentido o tempo passar, seja ele qual for, e abrirei os olhos e farei parte da construção de um novo mundo.

Mas hoje ainda estou vivo, com a mesma incerteza sobre este amor à vida, que tenho sobre a esperança na morte!...

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